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28 março, 2010

Automobilismo: Com pancada de chuva e emoção de volta, Button vence o GP da Austrália

Após a monótona corrida no Bahrein, com uma procissão que irritou pilotos e torcedores, a Fórmula 1 precisava de uma chacoalhada na Austrália. E foi uma pancada de chuva dez minutos antes da largada que desencadeou uma das provas mais animadas dos últimos tempos na categoria. Quando o pole Sebastian Vettel passou reto na curva e abandonou na 25ª volta, o atual campeão tomou as rédeas em Melbourne. Primeiro a apostar nos pneus para pista seca, Jenson Button assumiu a ponta e conduziu sua McLaren até a bandeirada do ator John Travolta, vencendo pela primeira vez desde o GP da Turquia no ano passado e quebrando um jejum de 11 corridas em nove meses.

Atrás de Button veio um heroico Robert Kubica. O polonês da Renault segurou a pressão do inglês Lewis Hamilton durante a maior parte da prova e terminou em segundo. O brasileiro Felipe Massa completou o pódio e assegurou o melhor início de temporada da carreira, com o segundo lugar no Bahrein e o terceiro na Austrália. Para chegar lá, ele resistiu ao fogo amigo do companheiro de Ferrari, Fernando Alonso, que rodou na largada e caiu para último, mas fez uma excelente corrida de recuperação para terminar em quarto. O bicampeão mundial segue na liderança do campeonato, com 37 pontos, quatro a mais que Massa e seis a mais que Button.

Alonso foi pressionado no fim por Hamilton, que acabou tocando Mark Webber, da RBR, e caiu para o sexto lugar. O quinto foi Nico Rosberg, que mais uma vez deixou para trás Michael Schumacher no duelo interno da Mercedes – o veterano de 41 anos chegou em décimo após trocar a asa de seu carro logo na primeira volta e sofrer para superar rivais mais lentos à sua frente. Rubens Barrichello, da Williams, cruzou a linha de chegada em oitavo, logo atrás do italiano Vitantonio Liuzzi, da Force India. Atrás de Rubinho vieram Webber e Schumi, fechando a zona de pontuação.

Os brasileiros estreantes abandonaram mais uma vez. Com um problema hidráulico em seu Hispania, Bruno Senna parou na quarta volta. Lucas di Grassi, da VRT, resistiu até a 30ª, mas foi obrigado a recolher o carro aos boxes.

Chuva e confusão

Dez minutos antes da largada, uma chuva leve molhou toda a pista montada nas ruas do Albert Park. Já com o grid montado, as equipes correram para colocar pneus intermediários nos carros. Mesmo assim, com a pista muito escorregadia, os pilotos tiveram dificuldades na volta de apresentação.

Na largada, Vettel manteve a ponta com facilidade, enquanto Massa pulou para trás dele ao ganhar três posições. Webber perdeu o segundo lugar, mas o grande prejudicado foi Alonso. Após largar em terceiro, o espanhol patinou, perdeu tempo e, para piorar, ainda tocou a roda de Button na primeira curva. Com a rodada, o bicampeão mundial caiu para último.

Outra vítima do festival de toques na primeira curva foi Schumacher, que teve a asa dianteira danificada. A Mercedes ordenou que ele voltasse aos boxes para trocar a peça, e o retorno à pista foi na parte de trás do pelotão. Ainda na volta inicial, pouco antes da curva Sports Centre, Kamui Kobayashi, da Sauber, acertou um pedaço de carro que estava na pista, perdeu o controle e colidiu em cheio com a Williams de Nico Hulkenberg. Sobrou também para o suíço Sebastien Buemi, que teve sua STR atingida por Nico. Os três saíram da corrida, confirmando logo no início uma previsão óbvia para a prova: a entrada do safety car, que ficou até a quarta volta.

Com a relargada, Vettel e Massa se mantiveram na frente, enquanto Webber era pressionado por Robert Kubica na briga pela terceira posição. Lá atrás, Alonso começava sua corrida de recuperação ultrapassando Timo Glock.

Jenson Button, que perdeu sua posição para o companheiro Hamilton, foi o primeiro a entrar nos boxes – na sexta volta – para colocar os pneus macios de pista seca. Ele deu uma escapada na saída do pit stop, mas se segurou na pista e passou a andar mais rápido que os rivais. Duas passagens depois, quase todos os pilotos fizeram o mesmo, mas àquela altura o atual campeão do mundo já tinha dado a cartada certeira.

Trocas com atraso

A RBR só chamou Vettel para a troca uma volta depois de Button. O alemão manteve a liderança, mas perdeu boa parte da vantagem. Webber não teve a mesma sorte: após mudar os pneus, deu uma escapada na curva e perdeu a quinta posição para Massa.

Na 12ª volta, ao retornar do pit stop, Hamilton começou a recuperar terreno e superou Barrichello para ganhar a sétima posição. O inglês colou em Webber, enquanto o australiano ainda estava com pneus frios. Alonso continuava firme em sua recuperação, tomando o nono lugar de Pedro de la Rosa, da Sauber.

Chuva volta, mas vai embora rápido

Na 14ª volta, todos os pilotos já estavam com pneus para pista seca e, para desespero geral, uma leve garoa voltou a cair em Albert Park. Mas o asfalto mantinha boas condições, e as disputas por posição continuaram. Na 15ª, Alonso pulou para oitavo, deixando Barrichello para trás, enquanto a ameaça de chuva era definitivamente descartada.

Na passagem seguinte, Webber atacou Massa e conseguiu a ultrapassagem, seguido por Hamilton. O inglês tentou superar o australiano na Sports Centre, mas os dois se tocaram e foram parar na caixa de brita. Retornaram sem maiores problemas, e o dono da casa começou a andar rápido, recuperando o tempo perdido.

Com a temperatura baixa do asfalto, Felipe sofria com o equilíbrio de sua Ferrari. Na 22ª volta, o brasileiro saiu de traseira e permitiu mais um ataque de Hamilton, que o ultrapassou novamente com facilidade. Àquela altura, Alonso já estava colado na traseira do companheiro de equipe, mas não conseguiu superá-lo e ainda perdeu a posição para Webber.

Sem freio, Vettel roda

No fim da 26ª volta, a luta pelo primeiro lugar teve sua reviravolta definitiva. Com problemas nos freios, Vettel passou reto na curva Ascari e, atolado na caixa de brita, não conseguiu mais voltar. A liderança caiu no colo de Jenson Button, que era um dos mais rápidos naquele momento. Kubica ficou com a segunda posição, mas ainda sofreria bastante para mantê-la.

Uma volta depois, Hamilton ultrapassou Rosberg e foi à caça de Kubica. O polonês se manteve à frente com bravura, segurando os ataques do inglês no fim da reta dos boxes de Melbourne. Na 33ª passagem, alguns dos ponteiros optaram por trocar os pneus para tentar melhorar seus desempenhos. Webber foi o primeiro, seguido por Rosberg e Hamilton. Com as paradas, Massa e Alonso subiram para o terceiro e quarto lugares.

Webber e Hamilton se estranham

A prova já estava na 37ª volta quando Webber e Hamilton iniciaram mais um duelo, enquanto tentavam se aproximar das Ferraris. O inglês errou, foi superado pelo australiano, mas devolveu em seguida. Rob Smedley, engenheiro de Massa, mandava o brasileiro atacar Kubica, mas o piloto da Ferrari já estava com os pneus deteriorados, assim como o companheiro Alonso, em quarto.

A dez voltas do fim, Hamilton chegou em Alonso e passou a travar uma batalha com seu maior rival na categoria. O espanhol sofria com a aderência dos pneus, mas conseguia se manter à frente do inglês, que tentava a ultrapassagem em todos os fins de reta.

Na penúltima volta, o inglês ainda tentou mais uma vez, errou e teve a traseira acertada por Webber. Os dois foram novamente para a caixa de brita, mas assim como da primeira vez, conseguiram retornar à pista. O campeão de 2008 caiu para a sexta posição, enquanto o australiano foi obrigado a trocar o bico e voltou em nono. Na frente, alheio a tudo isso e já com uma boa vantagem, Jenson Button cruzou a linha de chegada e fez as pazes com a vitória.

Confira o resultado final do GP da Austrália:

Pos Piloto País Equipes Tempo
1 Jenson Button ING McLaren-Mercedes 58 voltas em 1h33m36s531
2 Robert Kubica POL Renault a 12s034
3 Felipe Massa BRA Ferrari a 14s488
4 Fernando Alonso ESP Ferrari a 16s304
5 Nico Rosberg ALE Mercedes a 16s683
6 Lewis Hamilton ING McLaren-Mercedes a 29s898
7 Vitantonio Liuzzi ITA Force India-Mercedes a 59s847
8 Rubens Barrichello BRA Williams-Cosworth a 1m00s536
9 Mark Webber AUS RBR-Renault a 1m07s319
10 Michael Schumacher ALE Mercedes a 1m09s391
11 Jaime Alguersuari ESP STR-Ferrari a 1m11s301
12 Pedro de la Rosa ESP Sauber-Ferrari a 1m14s084
13 Heikki Kovalainen FIN Lotus-Cosworth a 2 voltas
14 Karun Chandhok IND Hispania-Cosworth a 5 voltas
Não completaram

Timo Glock ALE VRT-Cosworth a 17 voltas/mecânico

Lucas di Grassi BRA VRT-Cosworth a 32 voltas/mecânico

Sebastian Vettel ALE RBR-Renault a 33 voltas/freio

Adrian Sutil ALE Force India-Mercedes a 49 voltas/mecânico

Vitaly Petrov RUS Renault a 49 voltas/rodada

Bruno Senna BRA Hispania-Cosworth a 54 voltas/hidráulico

Sebastien Buemi SUI STR-Ferrari a 58 voltas/acidente

Nico Hulkenberg ALE Williams-Cosworth a 58 voltas/acidente

Kamui Kobayashi JAP Sauber-Ferrari a 58 voltas/acidente

Jarno Trulli ITA Lotus-Cosworth a 58 voltas/não largou

GE.com

25 março, 2010

Automobilismo: 'Chamariam-me de covarde por tentar fugir do parentesco com Ayrton'

Prestes a fazer sua segunda corrida na Fórmula 1, Bruno Senna continua atraindo a curiosidade de jornalistas por causa de seu parentesco com o tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna. Na coletiva desta quinta-feira, em Melbourne, o brasileiro, cujo nome completo é Bruno Senna Lalli, teve de explicar por que ingressou no automobilismo com o mesmo sobrenome de seu tio.


- Não fazia sentido eu começar minha carreira como Bruno Lalli porque assim que as pessoas descobrissem que sou parente do Ayrton, chamariam-me de covarde por tentar fugir do parentesco. Eu presumi que o caminho natural seria as pessoas me chamarem de Bruno Senna. Não tenho opção - respondeu.

Piloto da modesta Hispania, uma das equipes estreantes da Fórmula 1, Bruno disse ainda que não espera tratamento diferente dos demais pilotos da Fórmula 1.

- Não me vejo diferente de ninguém só porque tenho o sobrenome. Obviamente, seria ótimo começar em um carro no qual eu poderia estar brigando por vitórias, mas esta é a oportunidade que eu recebi. Obviamente, não estou aqui por causa de meu sobrenome. Tenho resultados em minha curta carreira que me qualificam a ter uma superlicença, então posso estar aqui tanto quanto qualquer um que tenha os mesmos resultados - explicou.

GE.com

19 março, 2010

Notícias - Cartão virtual com mensagens de fãs lembra aniversário de 50 anos de Senna

Os fãs de Ayrton Senna ao redor do mundo poderão homenageá-lo pelos seus 50 anos, que seriam completados no próximo dia 21, com mensagens em um grande cartão de aniversário virtual. Os admiradores do piloto podem enviar suas mensagens através de um site ou pelo Twitter.

Cada mensagem enviada aparece na página inicial do site, simbolizada por uma miniatura do capacete de Senna que, quando clicada, exibe o texto escrito pelo internauta. A iniciativa faz parte da campanha que o Instituo Ayrton Senna fará neste ano para lembrar o ídolo das pistas e que será lançada oficialmente no próximo domingo, quando Senna faria 50 anos.

Até o momento, mais de 3.700 mensagens já haviam sido enviadas por fãs.

- Ayrton está presente no coração dos brasileiros pelos valores que seguia na vida e nas pistas: motivação, dedicação, determinação, perfeição e superação. Em um ano como este, de celebração, tudo isso vem flutuando, lembrando a trajetória vitoriosa de meu irmão - disse Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna.

Via GE.com

14 março, 2010

Automobilismo: Indy SP - Will Power vence prova confusa, com chuvas e acidentes

Numa corrida emocionante, agitada por um grave acidente no início e um dilúvio na metade, o australiano Will Power levou a melhor e conquistou a primeira corrida de Fórmula Indy em São Paulo. O americano Ryan Hunter-Reay ficou em segundo. Os brasileiros Vitor Meira e Raphael Matos chegaram em terceiro e quarto, respectivamente.

A corrida começou com 15 minutos de atraso, por causa de uma rápida pancada de chuva. Logo no início, um acidente impressionante. Na primeira curva, o japonês Takuma Sato rodou e ficou atravessado na pista. Helio Castroneves não conseguiu desviar e bateu, estrangando o aerofólio dianteiro. Mas o maior problema surgiu mais atrás. O brasileiro Mário Moraes não conseguiu frear a tempo, "decolou" e foi parar em cima do carro de Marco Andretti.

O americano ficou "preso" embaixo do bólido de Moraes por cerca de dez minutos, até que um guindaste suspendeu o carro do brasileiro. Andretti saiu andando normalmente e saudou a torcida. "Com a poeira, não consegui ver nada. Os carros começaram a brecar 500 metros antes do ponto e eu não consegui parar a tempo", disse Moraes. Andretti passou pelo posto médico, mas logo foi liberado.

Na segunda largada, os pilotos foram muito mais cautelosos. Dario Franchitti manteve a dianteira. Não demorou para que um grupo de quatro pilotos se destacassem dos demais. Além do escocês, o canadense Alex Tagliani, o americano Ryan Hunter-Reay e o brasileiro Tony Kanaan andavam muito mais rápido que os demais.

A chuva voltou com muita força às 14h, causando um festival de rodadas, como as da americana Danica Patrick e do brasileiro Mário Romancini. Tony Kanaan também foi prejudicado. Ele levou a pior num toque entre o inglês Dan Wheldon e o canadense Alex Tagliani.

Bandeira vermelha
Choveu tanto que poças se formaram na pista. O ponto mais crônico foi a curva de entrada no Sambódromo. Lá era quase possível dizer que se tratava de um ponto de alagamento - afinal, a corrida foi disputada às margens do Tietê.

Diante desse quadro, a organização da prova optou por paralisar a prova, com bandeira vermelha. A paralisação durou 35 minutos. A maior parte da pista secou, mas havia ainda muita água na saída dos boxes.

A movimentação nos boxes passou a determinar a ordem na pista. As trocas de posições foram constantes. Surpreendentemente, os brasileiros que passaram a andar no pelotão da frente foram Raphael Matos e Vitor Meira. Os favoritos Tony Kanaan e Helio Castroneves, com muitos problemas, ficaram no pelotão intermediário.

Na volta 53, Ryan Briscoe, que liderava, perdeu o controle no setor misto do traçado e bateu. Ryan Hunter-Reay herdou a primeira posição e a manteve após a bandeira amarela. Vitor Meira ultrapassou Raphael Matos e assumiu a terceira colocação. Duas voltas depois, o australiano Will Power superou Hunter-Reay, tomando-lhe a liderança. Quatro voltas depois, a direção de prova resolveu dar como encerrada a corrida, com 61 voltas, 14 a menos do que o previsto.

S do Samba e reta da Marginal protagonizaram disputas
As freadas fortes do S do Samba, depois da reta do Sambódromo, e da reta de cerca de 1.500 metros montada na pista local da Marginal Tietê foram os principais pontos de ultrapassagem da corrida.

Logo no ínicio da prova, o brasileiro Mário Moraes se envolveu em um acidente forte no S com Marco Andretti, que parou com o carro de Moraes sobre sua cabeça. Apesar da imagem impressionante, o norte-americano (filho de Michael Andretti, campeão da Indy em 1991) não sofreu ferimentos.

Foi no S do Samba também que vários pilotos perderam o controle do carro quando a chuva começou. Entre eles, Danica Patrick, que escorregou por quase 200 metros quando ainda usava pneus slicks em uma pista completamente molhada.

Poças d'água e garis com rodos
As primeiras gotas caíram ainda antes do início da prova, mas a largada foi dada com pista seca. O temporal, porém, chegou com cerca de uma hora de prova e provocou poças d'água que tornavam impossível pilotar mesmo com pneus biscoito (com ranhuras, próprios para chuva).

A direção de prova resolveu paralisar a corrida e deu início à prova após cerca de 30 minutos. Garis, fiscais e funcionários da Indy tiraram a água acumulada com rodos e máquinas de drenagem para possibilitar a volta da corrida.

Mesmo com todos os problemas, a São Paulo Indy 300 foi um sucesso, desde os pilotos até o público, que lotou o Anhembi. No entanto, não há dúvida de que existe muitas oportunidades de melhora para a edição do ano que vem. O próximo encontro com as feras da Fórmula Indy será no dia 28 de março em outro circuito de rua, na cidade de Saint Petersburg, nos EUA.

Veja a classificação final da SP Indy 300:

1° - Will Power (AUS/Penske), 2h00min58s ( 61 voltas)
2° - Ryan Hunter-Reay (EUA/Andretti), a 1s8581
3° - Vitor Meira (BRA/A.J.Foyt), a 9s7094
4° - Raphael Matos (BRA/De Ferran Luczo Fragon), a 10s4235
5° - Dan Wheldon (ING/Panther), a 10s8883
6° - Scott Dixon (NZL/Chip Ganassi), a 11s3473
7° - Dario Franchitti (ESC/Chip Ganassi), a 12s0579
8° - Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), a 12s1654
9° - Helio Castro Neves (BRA/Penske), a 12s7411
10° - Tony Kanaan (BRA/Andretti), a 13s4850
11° - Justin Wilson (ING/Dreyer & Reinbold), a 13s9193
12° - Ernesto Viso (VEN/KV), a 16s9039
13° - Bia Figueiredo (BRA/Dreyer & Reinbold), a 19s6451
14° - Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 1min14s9191
15° - Danica Patrick (EUA/Andretti), a 1 volta
16° - Simona de Silvestro (SUI/HVM), a 3 voltas
17° - Mário Romancini (BRA/Conquest), a 15 voltas
18° - Alez Lloyd (ING/Dale Coyne) a 31 voltas
19° - Alex Tagliani (CAN/Fazzt), a 33 voltas
20° - Hideki Mutoh (JAP/Newman-Haas-Lanigan), a 34 voltas
21° - Milka Duno (VEN/Dale Coyne), a 41 voltas
22° - Takuma Sato (JAP/KV), a 61 voltas
23° - Marco Andretti (EUA/Andretti), a 61 voltas
24° - Mario Moraes (BRA/KV), a 61 voltas

Yahoo Esportes

Automobilismo: Ferrari abre o ano com dobradinha, e Alonso supera Massa no duelo interno

O abraço logo após a prova deste domingo foi natural para quem abriu o ano com uma dobradinha incontestável. No duelo interno da Ferrari, contudo, Fernando Alonso tem mais motivos para sorrir do que Felipe Massa. O espanhol ultrapassou o brasileiro logo na largada do GP do Bahrein, superou o alemão Sebastian Vettel na 34ª volta e venceu a primeira prova da temporada no circuito de Sakhir. Mas a festa do bicampeão mundial não significa que havia tristeza na segunda parte da dobradinha. Oito meses após o grave acidente do ano passado, Massa voltou a sentir o sabor de subir no pódio, à frente do inglês Lewis Hamilton, que chegou em terceiro.

Vettel largou na pole position e segurou sua RBR na ponta até a 34ª volta. Foi o máximo que conseguiu. Ele foi ultrapassado de uma só vez por Alonso e Massa e, com queda de potência no carro, perdeu posição também para a McLaren de Hamilton, terminando em quarto. Atrás de Vettel chegaram os dois alemães da Mercedes: em quinto, Nico Rosberg, e em sexto o heptacampeão Michael Schumacher, que voltou à Fórmula 1 após três anos de aposentadoria.

Os dois estreantes brasileiros não conseguiram permanecer muito tempo na pista. Lucas di Grassi, da VRT, teve problemas com o carro logo na terceira volta e ficou pelo caminho na caixa de brita de uma das curvas do circuito de Sakhir. Bruno Senna, da Hispania, foi até a 17ª volta, embora oito segundos mais lento que o líder, e abandonou após a quebra do motor Cosworth.

Vettel larga bem, mas se complica

O forte calor no Bahrein, com mais de 40ºC, transformou a prova em um teste de resistência. Vettel manteve a ponta na largada. No lado sujo, Massa perdeu tração e sofreu o bote de Alonso logo depois da primeira curva. O trio comandaria mais da metade da corrida. Quem também perdeu posição no início da prova foi Mark Webber. Ele largou em sexto, mas teve um problema no carro, aparentemente um vazamento de óleo, e foi ultrapassado pela Mercedes de Schumacher e pela McLaren de Jenson Button. Mais atrás, Adrian Sutil (Force India) e Robert Kubica (Renault) rodaram, mas foram em frente.

Os estreantes começaram a sofrer na segunda volta. Karun Chandhok, da Hispania, que tinha largado dos boxes com Bruno Senna, foi o primeiro a abandonar, após bater no miolo do circuito. Em seguida, Lucas di Grassi teve problemas hidráulicos no carro e foi parar na caixa de brita. O novato Nico Hulkenberg, da Williams, rodou sozinho na terceira passagem, após sair de traseira em uma curva de alta, mas conseguiu retornar à prova.

Na frente, Vettel mantinha um bom ritmo, enquanto Alonso e Massa tentavam andar rápido para pressionar o alemão da RBR. Na décima volta, a diferença deles para o quarto já era de 10s.




Os pit stops - agora sem reabastecimento - começaram na 12ª volta, com Bruno Senna. A Hispania se enrolou na troca de pneus e demorou quase oito segundos para liberar o brasileiro. De todo modo, o carro do brasileiro não aguentaria muito tempo. Na 17ª, o motor quebrou, e Bruno foi forçado a parar na primeira curva do circuito.

Ferrari tira vantagem aos poucos

Foi na 12ª volta que Alonso fez seu pit stop. Ele voltou andando mais rápido com o pneu duro e o carro um pouco mais leve. Na passagem seguinte, Vettel e Massa pararam, sem problemas com o trabalho de suas equipes. A diferença entre eles na pista pouco se alterou neste período da corrida.

Aos poucos, os pilotos da Ferrari começaram a reduzir a vantagem de Vettel. Na 34ª volta, veio a surpresa. O alemão começou a perder rendimento, e Alonso chegou nele rapidamente. Após uma volta com muita cautela, o bicampeão mundial conseguiu a ultrapassagem na reta dos boxes. O piloto da RBR, que reclamava de perda de potência, também foi superado por Massa.

Dali em diante, Alonso e Massa mantiveram suas posições. Pouco antes da ultrapassagem sobre Vettel, Rob Smedley, engenheiro do brasileiro, pediu que ele diminuísse o ritmo, por causa do uso do motor, que foi trocado antes da largada. A Ferrari chegou a ficar preocupada com o rendimento, mas não houve problema. Sem sustos, Alonso e Felipe cruzaram a linha de chegada para fazer a primeira dobradinha vermelha da temporada.

Agência/AFP


Confira o resultado do GP do Bahrein:

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 49 voltas em 1h39m20s396
2 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 16s099
3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 23s182
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 38s713
5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 40s263
6 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 44s180
7 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 45s260
8 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 46s308
9 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - a 53s089
10 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1m02s400
11 - Robert Kubica (POL/Renault) - a 1m09s093
12 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 1m22s958
13 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1m32s656
14 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - a 1 volta
15 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - a 1 volta
16 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 3 voltas
17 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - a 3 voltas

Não completaram:
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 19 voltas/mecânico
Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - a 31 voltas/motor
Timo Glock (ALE/VRT-Cosworth) - a 32 voltas/hidráulico
Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 35 voltas/suspensão
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 37 voltas/mecânico
Lucas di Grassi (BRA/VRT-Cosworth) - a 46 voltas/hidráulico
Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth) - a 47 voltas/acidente

Melhor volta:

Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m58s287, na 45ª volta

Highlights



Globo Esporte

13 março, 2010

Automobilismo: Problema na pista da Indy surpreendeu, diz engenheiro

O engenheiro neozelandês Tony Cotman, criador do circuito do Anhembi, admitiu que foi surpreendido com o problema de falta de aderência na reta do Sambódromo, que recebeu muitas críticas dos pilotos durante os treinos livres deste sábado. Por causa disso, esse trecho da pista passará por reparos emergenciais durante a noite, para que a etapa de São Paulo da Fórmula Indy possa acontecer normalmente neste domingo, quando haverá a sessão de classificação e a corrida.

"Quando a desenhamos, não esperávamos que fosse problemática. É a primeira vez que vi um asfalto tão brilhante, o pneu passa e não 'cola', a borracha não gruda. Pensei que a borracha traria a aderência, mas não aconteceu", explicou o engenheiro, que foi contratado pela Indy Racing League (IRL) e pela organização da prova para criar o circuito do Anhembi - ele é membro da comissão de autódromos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

O resultado dos reparos emergenciais, que esperam criar aderência e aumentar a segurança na reta do Sambódromo, só poderá ser conferido na manhã deste domingo. "Agora o tempo corre contra, queremos que fique como está no pit lane [que tem asfalto por toda sua extensão], além de deixar o mais plano possível. Não é o ideal, mas é o que temos. O crítico será a parte de limpeza", contou Cotman.


Cotman também se defendeu das críticas de negligência sobre o problema. "Só fechamos o circuito na noite de sexta-feira, não dava para ter 100% antes disso. Não é uma solução blindada [as ranhuras que serão feitas na pista]. Se precisar, faremos outra coisa. A superfície da reta não é tão diferente de outras que já vimos e a preocupação é tornar o trecho o melhor possível", revelou o engenheiro.

Esta obra emergencial significará cortes na pista em 2 ou 3 milímetros de profundidade, por toda a extensão da reta do Sambódromo, a cada cinco a dez centímetros. O engenheiro descartou colocar asfalto no lugar do concreto, por causa do prazo curto e pelo forte risco de aumentar as ondulações. Cotman também disse que a largada e a chegada da prova estão mantidas para a reta do Sambódromo, sem mudar para a reta da Marginal como chegou a ser pensado.

ESPN Brasil





10 março, 2010

Automobilismo: Fórmula Indy x Fórmula 1: naturezas distintas

Eles são monopostos (um só lugar), têm quatro rodas, motores fortíssimos e passam até por carros da mesma categoria ao olhar de alguém com leve miopia. Mas há muitas diferenças entre os bólidos da Fórmula 1 e da Indy.

Para começar a entender o que faz as categorias serem tão diferentes é preciso voltar às origens do automobilismo: na Europa (berço da F1) as corridas em estradas levaram à construção de autódromos e ao uso de circuitos mistos (com retas e curvas para os dois lados), além de traçados de rua. Nos Estados Unidos (país de origem da Indy), as corridas em ovais se consolidaram principalmente graças à tradicional 500 Milhas de Indianápolis. Com isso, os modelos feitos somente para circuitos fechados e de rua (caso da F1) tornaram-se bem diferentes dos carros construídos para ovais onde se anda a cerca de 350 km/h o tempo inteiro. Mesmo assim, os modelos da Indy são versáteis a ponto de andarem em autódromos e provas de rua (com aerofólios e spoilers bem maiores, que mudam bastante o visual das máquinas), como a que será realizada domingo (14) em São Paulo.

Outra diferença fundamental diz respeito ao regulamento de construção dos bólidos. Na Fórmula 1, toda equipe deve ter um projeto próprio de chassi. O motor também pode ser feito, mas a FIA abre a possibilidade de que eles sejam comprados de um fabricante independente (caso das equipes novas, que usarão propulsores da Cosworth) ou de uma montadora (como a Red Bull, que usa blocos da Renault). Com a obrigatoriedade de construção do chassi (o regulamento estabelece que as equipes devem ter “direitos sobre a propriedade intelectual” dos carros, ou seja, precisam ter um projeto próprio que não pode ser copiado sob pena de exclusão do Mundial), os custos da Fórmula 1 chegam a orçamentos anuais de US$ 400 milhões (cerca de R$ 720 milhões).

Na Indy as equipes não são obrigadas a construir seus carros. Os chassis fornecidos pela Dallara são os mesmos para todas as equipes, assim como os motores Honda e os pneus Firestone - na F1, apenas os pneus são iguais para todas as equipes, algumas compartilham motores e todas devem ter seus próprios chassis. Com pacotes muito semelhantes, o que faz uma equipe vencer ou perder na Indy é o orçamento, a experiência dos engenheiros para achar o melhor acerto e o braço do piloto, que escolhe junto ao seu engenheiro que configuração vai usar para os treinos e a corrida.


Motores dez vez mais potentes que os de carros populares

Os propulsores da F1, desde a temporada de 2007, devem ter 8 cilindros dispostos em V (V8) e 2.4 litros de capacidade cúbica. Isso mesmo: apesar de terem 4 cilindros a mais que a grande maioria dos carros que rodam nas ruas brasileiras, os F1 tem cilindrada apenas 1,4 superior aos populares 1.0.

Foto: Getty Images

Com altíssima tecnologia na construção, obrigação de durar pouco mais de dois GPs (um carro de rua deve resistir a centenas de milhares de quilômetros) e materiais nobres, os motores de F1 atuais têm cerca de 750 cavalos de potência contra uma média de 70 cv dos hatches compactos que compramos por pouco mais de R$ 20.000. Sentiu a diferença da tecnologia?

Na Indy, os blocos também são V8, mas tem maior cilindrada: 3.5 litros. Mesmo assim, com a limitação de giro a 10.300 rpm (os Fórmula 1 são limitados a 18.000 rpm), eles têm cerca de 650 cavalos de potência. Mas nem por isso deixam de levar os bólidos a mais de 400 km/h em circuitos ovais. Uma curiosidade: os motores da Indy são movidos a etanol (o nosso álcool), enquanto os da F1 usam gasolina.

Na F1 atual, os modelos chegam a "top speeds" de até 350 km/h em circuitos como Monza, na Itália. Na era dos motores V10 na F1, que durou até o fim de 2006, os bólidos europeus chegaram a cravar 370 km/h em Monza. A potência dessa época? Cerca de 950 cavalos.

Na Fórmula 1 ou na Indy, devagar ninguém anda.


Peso pena + potência alta + aerodinâmica eficiente

Em 2010, os carros de Fórmula 1 terão peso mínimo de 620 kg incluindo o piloto. Os da Indy devem pesar 694 kg em circuitos ovais e 725,7 kgm em pistas mistas e de rua, mas sem contar o piloto a bordo.

Com os 70 kg médios de um piloto, um Fórmula Indy pesa 195,7 kg a mais que um F1. Junte a isso os freios mais eficientes e a aerodinâmica refinada do F1 e você entenderá por que eles são os carros mais rápidos do mundo em autódromos (desconte, é claro, modelos de arrancada como os dragsters, que não fazem curvas).

Mas a diferença não é muito grande nos tempos de volta. Quando a Indy correu no circuito canadense Gilles Villeneuve, tradicional palco da F1, os bólidos foram, em média, de 3 a 4 segundos mais lentos que os da F1.

Você pode estar se perguntando por que a Indy não corre em Interlagos para podermos fazer novamente essa comparação. O motivo é simples: Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da F1, exigiu que o contrato da FOM (Formula One Management) com a Prefeitura de São Paulo impedisse a realização de corridas de categorias tops do automobilismo mundial em Interlagos. Ecclestone faz isso em quase todos os circuitos do mundo para manter a exclusividade dos traçados para a F1 - o caso da pista canadense foi atípico.

Com essas e com outras, o baixinho inglês mantém a Fórmula 1 no topo do automobilismo mundial. A Indy? Continua à procura de seu Ecclestone.


Ficha técnica

Fórmula 1

Motor: 2.4 V8 (feito pela equipe ou comprado)

Chassi: próprio

Pneu: Bridgestone para todas as equipes

Peso: 620 kg (carro + piloto)

Potência: cerca de 750 cv

Comprimento: cerca de 4,80 m

Largura: 1,80 m


Fórmula Indy

Motor: 3.5 V8 Honda para todas as equipes

Chassi: Dallara para todas as equipes

Pneu: Firestone para todas as equipes

Peso: 694 kg (ovais) ou 725,7 kg (circuitos mistos e de rua)

Potência: cerca de 650 cv

Comprimento: 4,90 m

Largura: 1,98 m (1,25 cm a mais ou a menos)

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