"Quando a desenhamos, não esperávamos que fosse problemática. É a primeira vez que vi um asfalto tão brilhante, o pneu passa e não 'cola', a borracha não gruda. Pensei que a borracha traria a aderência, mas não aconteceu", explicou o engenheiro, que foi contratado pela Indy Racing League (IRL) e pela organização da prova para criar o circuito do Anhembi - ele é membro da comissão de autódromos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
O resultado dos reparos emergenciais, que esperam criar aderência e aumentar a segurança na reta do Sambódromo, só poderá ser conferido na manhã deste domingo. "Agora o tempo corre contra, queremos que fique como está no pit lane [que tem asfalto por toda sua extensão], além de deixar o mais plano possível. Não é o ideal, mas é o que temos. O crítico será a parte de limpeza", contou Cotman.
Cotman também se defendeu das críticas de negligência sobre o problema. "Só fechamos o circuito na noite de sexta-feira, não dava para ter 100% antes disso. Não é uma solução blindada [as ranhuras que serão feitas na pista]. Se precisar, faremos outra coisa. A superfície da reta não é tão diferente de outras que já vimos e a preocupação é tornar o trecho o melhor possível", revelou o engenheiro.
Esta obra emergencial significará cortes na pista em 2 ou 3 milímetros de profundidade, por toda a extensão da reta do Sambódromo, a cada cinco a dez centímetros. O engenheiro descartou colocar asfalto no lugar do concreto, por causa do prazo curto e pelo forte risco de aumentar as ondulações. Cotman também disse que a largada e a chegada da prova estão mantidas para a reta do Sambódromo, sem mudar para a reta da Marginal como chegou a ser pensado.
ESPN Brasil
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